A respiração oral acontece quando o ar entra predominantemente pela boca ao invés de pelo nariz.
A respiração ideal, fisiológica, ocorre pelo nariz, e proporciona uma filtragem, aquecimento e umidificação do ar. Quando a criança não consegue respirar pelo nariz, é obrigada a usar a boca para isso, e o ar que penetra pela boca chega aos pulmões sem filtragem das impurezas, sem umidificação e sem aquecimento, favorecendo o aparecimento de rinites alérgicas, sinusites, adenóides, amigdalites, etc, e com isso definindo o quadro de respiração bucal.
A manutenção dessa situação no tempo irá induzir à ocorrência de diversos transtornos a essa condição respiratória inadequada juntamente com a associação de hábitos nocivos, como o uso prolongado de mamadeiras, sucção de chupeta e/ou dedo, os quais solicitam da musculatura respiratória e mastigatória um trabalho diferente do normal.
Desta forma, o paciente passa a ter adaptações funcionais e alterações estruturais prejudicando o crescimento e desenvolvimento das arcadas dentárias e o posicionamento satisfatório dos dentes.
Além das alterações causadas sobre os tecidos, a respiração oral causa alterações grandes no crescimento das arcadas dentárias, favorecendo principalmente atrofias de desenvolvimento esqueléticas, que darão origem a arcadas dentárias com formas alteradas e falta de espaço para os dentes.*
*Liege M. Ferreira