As escovas dentais, após serem utilizadas para a higiene bucal mecânica e armazenadas em condições usuais,tornam-se contaminadas por diferentes tipos de bactérias, vírus, leveduras e parasitas intestinais.
Esses microrganismos podem ser provenientes da cavidade bucal ou do meio ambiente, os quais encontram-se firmemente aderidos às cerdas, podendo servir como reservatório para sua inoculação/reinoculação.
Deve-se ressaltar que esses microrganismos podem permanecer viáveis nas cerdas por períodos variando de 24 horas a 7 dias.
Após a escovação, as escovas dentais de uma forma geral também tornam-se contaminadas especificamente por estreptococos do grupo mutans. Esses microrganismos permanecem viáveis por até 8 horas.
No caso de crianças de pouca idade, que frequentam creches e escolas, onde as escovas são guardadas erroneamente em frascos conjuntos, pode ocorrer o contato direto entre as cerdas e a transmissão de patógenos de uma criança para outra.
Desinfecção de escovas dentais
Segundo alguns autores, a desinfecção de uma escova deveria ser iniciada logo após a primeira utilização, para prevenir a formação do biofilme bacteriano sobre a sua superfície. A seguir a desinfecção deveria ser realizada diariamente, até que a escova fosse trocada, o que segundo a American Dental Association (1984), deve ocorrer a cada 3 meses.
A melhor opção para a desinfecção das escovas é lavar a mesma após o uso, remover o excesso de água e borrifar um anti-séptico acondicionado em frasco spray (adquirido em farmácias de manipulação), em todas as direções da cabeça da escova, particularmente nas cerdas.
Em seguida, a escova pode ser guardada no armário do banheiro.
Antes da próxima escovação, a escova deve ser lavada em água corrente. Após a escovação, não secar a escova com toalha de banho ou de rosto, pois isso pode aumentar ainda mais a contaminação.
Essa é uma forma pratica e econômica de se efetuar a desinfecção das escovas, uma vez que o mesmo frasco pode ser utilizado por todos os membros da família.
O agente microbiano empregado para desinfecção das escovas, dentre outros é o gluconato de clorexidina a 0,12%, que também pode ser produzido em farmácias de manipulação.
Deve-se ressaltar que o impacto dessas medidas sobre a saúde bucal, em longo prazo, permanece desconhecido justificado, mais uma vez, a necessidade de estudos adicionais.
* Livro: odontopediatria - Bases Científicas para a Prática Clínica; Assed; S.
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