Flúor tópicos – Dentifrícios
A escolha do método de aplicação tópica de fluoretos, bem como a freqüência do uso, dependerá do risco ou da atividade de cárie do paciente. A manutenção da concentração de flúor na saliva e a formação de produtos de reação no esmalte-dentina estão diretamente relacionados.
Flúor tópico
O flúor tópico é aquele aplicado diretamente sobre os dentes já erupcionados. Pode ser aplicado sob a forma de soluções para bochechos, gel, mousse, verniz e por meio de pastas fluoretadas utilizadas na escovação.
Estas são as formas mais eficientes e seguras de se aplicar o flúor tópico.
Dentifrícios com flúor
O uso de dentifrícios fluoretados tem grande valor e importância na prevenção.
O uso constante da pasta na boca, pelo menos três vezes ao dia, faz com que o flúor seja mantido em contato com a superfície dos dentes em baixa concentração, o que é eficiente o bastante.
Seu uso é indicado para crianças a partir de três anos de idade, desde que não engulam. As pastas devem conter 1.100 ppm de flúor.
Entre dois e três anos de idade, se a criança já adquiriu alguma coordenação motora para aprender a cuspir, e também se já está com a dentadura completa, pode ser usada a pasta de 500 ppm de concentração de flúor na última escovação da noite.
A quantidade de pasta usada deve ser mínima, do tamanho de um grão de arroz cru, ou colocada apenas nos três primeiros tufos das cerdas.
O uso freqüente dos dentifrícios associado à desorganização e/ ou remoção do biofilme (placa bacteriana) durante o ato mecânico da escovação favorece que o flúor tenha eficácia terapêutica, por estar presente constantemente na cavidade bucal.
Dentifrícios Antiplaca
São aqueles contendo substâncias antibacterianas com o objetivo de reduzir a formação de placa dental, mantendo uma quantidade compatível com saúde-doença.
A eficiência de uma substância antibacteriana depende da sua concentração e tempo de ação. Neste aspecto a cavidade bucal é um local atípico para a eficiência de uma substância antibacteriana devido a produção contínua de saliva e o conseqüente efeito diluente.
Com relação a saúde o relevante seria manter um controle adequado de placa dental. Neste aspecto a dificuldade é manter o indivíduo motivado por um tempo prolongado.
A maior preocupação com o uso de dentifrício ocorre na infância, pois os dentes estão em formação e a ingestão desse composto em excesso pode levar ao desenvolvimento da fluorose dental, que se caracteriza por alteração na translucidez e linhas brancas horizontais, nos casos mais leves.
A média de ingestão de flúor proveniente do dentifrício é da ordem de 68% do total de flúor que a criança ingere diariamente. Alguns cuidados devem ser adotados para prevenir a ingestão, dentre eles:
* Não deixar o produto ao livre alcance da criança;
* Orientação aos pais ou responsáveis e à criança;
* Recomendar que se coloque o dentifrício no sentido menor da escova, pois a quantidade ficará reduzida;
* Não escovar os dentes de estômago vazio, pois engolir o dentifrício aumenta a sua absorção.
* Livros: Saúde Bucal do Bebê ao Adolescente - Editora Santos
Fundamentos de Odontologia - Editora Santos
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