Nessa fase, a criança apresenta ritmo de crescimento regular e inferior aos dois primeiros anos de vida. Sendo assim, suas necessidades nutricionais e apetite são menores.
Muitas vezes essa característica da idade é avaliada de maneira errada, gerando preocupação nos pais e consumo inadequado de medicamentos estimulantes do apetite.
O apetite pode variar de acordo com a temperatura ambiente, ingestão na refeição anterior, atividade física, cansaço, grau de excitação e condições emocionais. Ele ainda pode ser regulado pelas preferências alimentares apresentação da alimentação (local de refeição, utensílio e combinação de cores,texturas e cheiros).
Apetite variável, seletividade alimentar, ciclos de preferência por alguns alimentos e caprichos na hora de comer não devem ser combatidos com medidas rígidas. Em paralelo, comportamentos como recompensas, chantagens, prêmios punições e castigos para forçar a criança a comer, devem ser evitados, pois podem reforçar comportamento de recusa alimentar e gerar futuros distúrbios alimentares.
Os pais devem aceitar essa fase como uma etapa na construção do comportamento alimentar na infância.
Durante essa fase, as crianças não aceitam novos alimentos prontamente, negando-se a experimentar qualquer alimento desconhecido e que não faça parte de suas preferências alimentares. Para que esse comportamento modifique-se, é necessário que a criança prove o novo alimento, em torno de 8 vezes, mesmo que em quantidade mínima, para identificação do sabor , visual, aroma e textura.
Vale lembrar que a criança possui mecanismos de saciedade que determinam a quantidade de alimentos que seu corpo necessita, por isso, deve ser permitido que ela exercite o seu controle de ingestão.
* Vera Regina Mello Dishchekenian
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